📽️REPORTAGEM | Empresários agrícolas de Montalegre relatam prejuízos com ataques de lobos-ibéricos

Na aldeia de Meixide os lobos são avistados todos os dias pela população local. Os habitantes, que vivem, maioritariamente, da produção de gado, queixam-se dos ataques constantes que os seus animais sofrem por parte da alcateia. Sem ajudas, põe em causa a continuação da profissão.

Os empresários agrícolas de Boticas, Chaves e Montalegre relatam os ataques sofridos por parte dos lobos-ibéricos que habitam na região, “sempre houve lobos, mas eram menos e não entravam na aldeia, agora quase que entram dentro de casa”, conta José Apolónio e foi dentro do quintal de José que atacaram os seus dois burros e o pónei de estimação da família há 6 anos, que foi arrastado pelo pasto mais de 100 metros, acabando por não sobreviver ao ataque.

Os relatos são semelhantes, José Ventura conta que das suas 40 cabras, agora só tem 20. João Palomans diz que “este ano já foram 5” os vitelos barrosas que perdeu. João Freitas, outro produtor de gado, teve “vários ataques” só este ano. No total o prejuízo que estes produtores agrícolas tiveram é inestimável, “já perdi 20 e tal vitelas que são 20 e tal mil euros” relata José Ferreira, para além disso, João Freitas acrescenta que “dá medo e desespero ver os animais todos traçados”, referindo-se ao estado em que fica o gado após os ataques.

Este cenário vem a arrastar-se desde 2017 e as denúncias dos empresários agrícolas são várias ao ICNF, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, do qual parecem não ter respostas, “alegam que não reunimos condições para criar animais” confessa José Apolónio. Joaquim Vaz salienta ainda que “alguém tem de tomar conta disso, está a ficar insustentável. Se não tivermos ajudas não vamos conseguir aguentar.” De forma mais radical José Ferreira declara que “é insuportável, se isto continuar acabo com a produção”.

José Apolónio deixa a questão: “quem suporta os nossos prejuízos?”. Para além dos prejuízos agrícolas, os moradores temem que o cenário se torne perigoso para a população.

A Vila TV contactou o ICNF, mas não obteve qualquer resposta até o momento.

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