Chaves assinala Dia do Bombeiro com simulacro de incêndio urbano e assinatura de protocolos

Chaves assinalou o Dia Nacional do Bombeiro reafirmando a sua gratidão no Dia Nacional do Bombeiro. A data ficou marcada pela realização de um simulacro de incêndio urbano à escala real no Arquivo Municipal e pela assinatura dos protocolos de apoio financeiro com as três Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários (AHBV) do concelho.

O exercício, que decorreu durante a manhã do dia 26 de maio, simulou um incêndio provocado por uma descarga elétrica no edifício do Arquivo Municipal, no Centro Histórico, mobilizando 33 operacionais e 13 viaturas das três corporações de bombeiros — nomeadamente Flavienses, Salvação Pública e Vidago —, bem como da Proteção Civil Municipal, da PSP, da GNR e do Comando Sub-Regional do Alto Tâmega e Barroso.

Esta ação permitiu testar a articulação entre os diferentes agentes da proteção civil, os planos de emergência e as acessibilidades da zona histórica, cuja resposta operacional é naturalmente condicionada pela disposição urbanística e pelo estreitamento de vias, características deste núcleo mais antigo da cidade que restringe o acesso a veículos de emergência.

A celebração prosseguiu no Edifício dos Paços do Concelho com a assinatura dos Protocolos de Apoio Financeiro com as três AHBV para o ano económico 2025, num investimento superior a 90 mil euros. Esta verba permitirá assegurar, entre outras medidas, um piquete permanente em horário noturno — com a novidade do valor máximo diário a atribuir por bombeiro a subir dos 12,50 € para os 15,00 € — incentivar a formação para a melhoria das competências operacionais, garantir o abastecimento de água às populações, em situações de manifesta necessidade e urgência, e apoiar a destruição de ninhos de “vespa asiática”.

No decorrer da sessão solene, foi sublinhado que o investimento global da autarquia nas diferentes vertentes de apoio às Associações de Bombeiros ultrapassará os 360 mil euros em 2025, nos quais se incluem o financiamento das Equipas de Intervenção Permanente (EIP’s). O município suporta os encargos relativos ao funcionamento das seis EIP’s, correspondendo a 50% do valor total do custo subjacente à sua atividade, o que se traduz num valor superior a 270 mil euros. A este montante acresce a aquisição de 84 equipamentos de proteção individual de combate a incêndios florestais e 30 de combate a incêndios urbanos, a serem distribuídos pelas corporações, num valor superior a 90 mil euros. Com a entrega destes equipamentos, pretende-se que os bombeiros possam, nas melhores condições de segurança, fazer face às dificuldades e perigos que enfrentam durante o desempenho da sua atividade.

No âmbito do reconhecimento do valor fundamental dos Bombeiros Voluntários, foi recentemente aprovado um Regulamento que estabelece um conjunto de direitos e benefícios a estes agentes de proteção civil, visando reconhecer publicamente o seu empenho, coragem e dedicação, com a isenção de taxas urbanísticas, reembolsos parciais de IMI e renda, passe de transporte gratuito, isenção do pagamento dos tratamentos de inaloterapia nas Termas, seguro de acidentes pessoais, entre outros incentivos que reforçam a valorização do seu papel na comunidade e promovem uma relação justa e solidária entre a Câmara Municipal e os soldados da paz.

De recordar que o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais iniciou no passado dia 15 e terminará no dia 31 de outubro. No nível delta, que corresponde ao período mais crítico dos incêndios, entre 1 de julho e 30 de setembro, o concelho contará com a mobilização de oito equipas de combate a incêndios, três de apoio logístico e seis EIP’s, num total de 76 bombeiros, apoiados por oito veículos florestais, três veículos tanque e dois meios aéreos, guarnecidos por 10 militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro e três bombeiros que garantem o Serviço de Brigadas de Aeródromo. O dispositivo contará ainda com equipas de sapadores florestais da Câmara Municipal, da Associação Florestal Ambiental do Concelho de Chaves e com a brigada da CIMAT, além das forças de fiscalização e dissuasão da GNR e PSP, garantindo uma resposta robusta e articulada no território.

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