A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) recebeu, em Vila Real, a Feira Tecnológica Florestal, promovida pela Federação Nacional dos Baldios (Baladi). O evento reuniu várias soluções inovadoras para a gestão das florestas e para atrair jovens a um setor que continua a enfrentar falta de mão de obra qualificada.
Entre as novidades apresentadas destacaram-se simuladores virtuais, que permitem treinar operações como a poda de vinhas ou o abate de árvores, drones utilizados no combate e rescaldo de incêndios e maquinaria preparada para terrenos de difícil acesso.
Daniel Amorim, diretor da Baladi, sublinhou que estas ferramentas demonstram como “o processo de gerir a floresta se tornou mais rápido e eficaz”, comparando a evolução do setor ao ritmo da tecnologia digital.
A UTAD apresentou um simulador de realidade virtual para treino de poda, enquanto a empresa Forestcorte levou um equipamento que recria cenários de exploração florestal. Também os bombeiros da Cruz Branca e a empresa Cerna mostraram como os drones podem apoiar tanto operações de combate a incêndios como levantamentos aéreos de grandes áreas.
Apesar da modernização em curso, o setor continua a ter dificuldade em captar novos profissionais. Este ano letivo, apenas três estudantes ingressaram na licenciatura de Ciências e Tecnologias Florestais da UTAD. O reitor da universidade, Emídio Gomes, alertou que “a floresta é vida, economia e futuro”, mas precisa de jovens qualificados para garantir a sua sustentabilidade.
Presente na sessão, o secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, destacou que a tecnologia é “um motor essencial” para atrair novas gerações, enquadrando o encontro na estratégia nacional “Floresta 2050, Futuro + Verde”.
